7º Ano - Recuperação 14/12/2020
1ª Aula
Geografia
O Pinhão – Semente da Araucária

O pinheiro-do-Paraná fornece madeira de excelente qualidade, mas também fornece uma fonte de alimento muito importante, a sua semente, conhecida como pinhão. O pinhão, que garante a alimentação de muitas espécies animais, principalmente roedores e pássaros, também é item obrigatório no cardápio de outono e inverno em milhares de residências do Paraná. O apetite humano por esse fruto pode, inclusive, funcionar como o principal aval para a perpetuação da araucária, que, derrubada sem piedade para a extração de madeira, figura entre as espécies mais ameaçadas da flora paranaense. A questão não é meramente preservacionista, mas prioritariamente de ordem socioeconômica.
A semente da araucária, o pinhão, é muito nutritiva. Pesquisas históricas e arqueológicas sobre as populações indígenas que viveram no planalto sul-brasileiro, de 6000 anos até os nossos dias, registram a importância do pinhão no cotidiano desses grupos. Restos de cascas de pinhões aparecem em meio aos carvões das fogueiras acesas pelos antigos habitantes das florestas de araucária. Um depósito de restos de pinhões em meio a uma espessa camada de argila evidencia não apenas a existência do pinhão na dieta diária dos grupos, mas também uma engenhosa solução para o conservar durante longos períodos, evitando o risco de deterioração pelas ações do clima ou do ataque de animais. Sabe-se também que o pinhão servia de alimento para inúmeras espécies animais, inclusive caititus selvagens (espécie de porco), atraindo-os durante a época de amadurecimento das pinhas. Assim, ao lado da coleta anual do pinhão, os indígenas igualmente caçavam esses animais.
Nos dias de hoje, o pinhão vem sendo produzido, comercializado e consumido em todo o Estado, mas alguns municípios são grandes centros de sua sócio economia. As regiões típicas de produção são Guarapuava, no Centro-Oeste e União da Vitória, no Sul do estado. Seguramente, Curitiba é o ponto de maior convergência da comercialização e do consumo no Estado. Lamentavelmente pouco se conhece sobre as implicações sociais, econômicas e ambientais da atividade de coleta e venda de pinhão no Estado do Paraná. Quase nada foi publicado sobre a cadeia produtiva do pinhão, embora seja possível encontrar esta iguaria em qualquer feira ou supermercado do Paraná e, certamente quase todo paranaense consuma uma quantidade expressiva desta durante o período de safra. Ainda, os riscos ambientais para a regeneração natural da espécie (Araucaria angustifolia), para a fauna, para a diversidade biológica e genética, entre outros, nunca foram efetivamente encarados com profundidade.
A importância socioeconômica do pinhão para o interior do Paraná, sobretudo naquelas regiões de maior pobreza, reveste este projeto de um grande apelo, pois representa uma fatia bastante expressiva do emprego e renda, com fortes impactos na qualidade de vida de um grande contingente de pessoas, tanto na produção como na comercialização deste produto.
Além de denotar um forte apelo socioeconômico, este estudo também pressupõe a existência de impactos ambientais igualmente relevantes. A coleta de pinhão provoca impactos ambientais, notadamente à diversidade biológica e genética, bem como a toda a cadeia alimentar no ecossistema. A magnitude destes impactos é muito pouco conhecida e merece especial atenção da comunidade científica, das autoridades ambientais e de toda a sociedade.
2ª Aula
Geografia
Revisão: A Gralha-Azul

A gralha-azul é uma ave passeriforme da família Corvidae.
No folclore do estado do Paraná atribui-se a formação e a manutenção das florestas de araucária a este pássaro, como uma missão divina, razão porque as espingardas explodiriam ou negariam fogo quando para elas apontadas. Além disso, a ave, que como dito anteriormente está associada à Mata das Araucárias e sendo o estado famoso pelo bioma, é um dos símbolos do estado do Paraná, segundo a Lei Estadual n. 7957 de 1984 que a consagra como “ave símbolo” deste Estado.
No estado do Paraná, embora seja muito associada às florestas de araucárias, é muito mais comum em áreas de Mata Atlântica da planície litorânea.
Nome Científico
Seu nome científico significa: do (grego) kuanos = azul intenso, azul escuro; e korax = corvo; e do (latim) caeruleus = azul escuro, azul intenso, azul celeste. ⇒ Corvo azul intenso ou corvo azul celeste.
Características
Mede cerca de 39 cm de comprimento. De uma coloração geral azul vivo e preta na cabeça, na parte frontal do pescoço e na superior do peito. Machos e fêmeas tem a mesma plumagem e aparência embora as fêmeas em geral sejam menores.
As gralhas azuis são aves muito inteligentes só suplantadas pelos psitacídeos. Sua comunicação é bastante complexa consta de pelo menos 14 termos vocais (gritos) bem distintos e significantes. Gregárias, as gralhas azuis formam bandos de 4 a 15 indivíduos hierarquicamente bem organizados, inclusive com divisão de clãs, bandos estes que se mantêm estáveis por até duas gerações.
Alimentação
A gralha-azul é uma ave onívora. Se alimenta de frutos diversos, pinhão, ovos e filhotes de outras aves, pequenos vertebrados e invertebrados, e restos de alimentos humanos, como pão.
Reprodução
No período reprodutivo que se inicia em outubro e se prolonga até março, todos os indivíduos colaboram na construção de ninhos nas partes mais altas das mais altas árvores, preferencialmente na coroa central da araucária, quando lá existente. No ninho feito de gravetos, de cerca de 50 cm de diâmetro, em forma de taça, são postos 4 ovos, em média, com coloração azul-esverdeados com numerosas manchas claras.
Hábitos
Varia de rara a localmente comum no interior e nas bordas de florestas e capoeiras arbóreas, principalmente em pinheirais. Porém, não é correta a opinião de que a gralha-azul seja uma ave típica e exclusiva dos pinheirais, pois habita também regiões de Mata Atlântica ou mesmo ilhas florestadas da baía de Paranaguá (litoral paranaense), onde estas árvores não existem. Vive em grupos pequenos, de 6 a 8 indivíduos. Apresenta o hábito de esconder sementes de pinheiro, como meio de guardar comida, esquecendo-se com frequência de algumas delas. Esse ato pode ser considerado com um ato de dispersão. Por isso, acredita-se que a gralha-azul seja importante para a germinação e desenvolvimento do pinheiro-do-paraná.
A gralha-azul é o principal animal disseminador da araucária uma vez que, durante outono, quando as araucárias frutificam, bandos de gralhas laboriosamente estocam os pinhões para deles se alimentar posteriormente.
Neste processo, as gralhas azuis encravam fortemente os pinhões no solo ou em troncos caídos no solo, já em processo de putrefação, ou mesmo nas partes aéreas de raízes nas mesmas condições, local propício para a formação de uma nova árvore.
Distribuição Geográfica
Embora se diga que seu habitat é a floresta de araucárias do sul do Brasil, por força da dieta desta ave que também se alimenta de insetos, frutos e pequenos invertebrados, ela não tem dependência estrita destas florestas e sua área de distribuição abrange desde o sul do Estado do Rio de Janeiro para o sul, até o Estado do Rio Grande do Sul, sendo frequente na Mata atlântica da Serra do Mar.
3ª Aula
Matemática
Área de triângulo

Vamos revisar o conteúdo estudado.
Atividade: Realizar a leitura da página 262.
4ª Aula
Português
Gênero textual entrevista

Atividade: Ler o conteúdo contido na página 278 do livro de português.
5ª Aula
Português
Anúncio Publicitário

O anúncio publicitário (ou simplesmente publicidade) é um gênero textual que promove um produto ou uma ideia sendo veiculado pelos meios de comunicação de massa: jornais, revistas, televisão, rádio e internet. Podemos encontrá-los também em outdoors, panfletos, faixas ou cartazes na rua, no ônibus, no metrô, etc.
Atividade: Ler o conteúdo contido na página 292 do livro de português.